Quem sou eu

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Apenas um menino que gosta de escrever sobre o que sabe e o que pensa. Sobre sonhos conscientes e inconsciente. Sobre a vida em geral e sobre uma vida distinta. Não sou como uma caixa, tenho vários lados, alguns desconhecidos até por mim.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

(NÃO) ACEITO

Onde eu errei? O que fiz de errado?
Ninguém se importa comigo.
Sozinho na multidão, sem vida, parado…

Procuro alguém, um ombro amigo,
Procuro até perder as forças…
E ficar sozinho, eu sou meu único amigo.

Faço de tudo para ser melhor,
Mas nada dá certo,
E tudo fica cada vez pior.

Quando tudo é tão bom para todos…
Eu estou aqui excluído, dividido…
Espalhado por todos cômodos.

Ninguém me aceita como sou,
Mas se tento mudar alguma coisa,
“É estúpido porque mudou!”

Ser diferente é difícil,
Ser excluído é horrível,
Mas ser invisível é terrível.

Tento fugir… Mas estou preso…
Por correntes de mágoas…
Elos de tristeza e cadeados de lágrimas.

Lágrimas descem pelo meu rosto,
Chegam as profundezas do meu coração,
Na parte mais obscura e sensível.

Tudo que toco desmorona,
Nada é bom o bastante,
Eu nunca acerto, nunca sou aceito.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

EM BUSCA DO FIM


Se me perguntarem
Simplesmente direi que acabou.
Se te perguntarem
Apenas concorde.

Vou ignorar as pessoas
Que vão comentar.
Sempre que eu te ver
Vou fingir que não vou chorar.

Quando vou poder levantar a cabeça?
Quando vou poder abrir os olhos?
Quando vou poder recomeçar?
Quando vou poder ser feliz novamente?

Quando vou parar de chorar?

Se me perguntarem
Simplesmente direi que acabou.
E não deixa de ser verdade,
Pois meu mundo, sem você, desmoronou.

Sempre você surgir numa conversa
Vou mudar de assunto.
Vou fazer as pessoas acreditarem
Que eu finalmente superei.

Quando vou poder levantar a cabeça?
Quando vou poder abrir os olhos?
Quando vou poder recomeçar?
Quando vou poder ser feliz novamente?

Quando vou parar de chorar?

Não sei o que dizer
Estou muito confuso para me convencer
Por que tudo simplesmente não acaba?

Quando vou poder levantar a cabeça?
Quando vou poder abrir os olhos?
Quando vou poder recomeçar?
Quando vou poder ser feliz novamente?

Quando vou parar de chorar?

FUGA DE MAURÍCIO


Com dezessete anos e uma vida bagunçada,
Problemas na família e amizades traídas,
Incompreendido, deprimido, perdido.
Uma peça solta de um quebra-cabeça.

No auge dos problemas saiu de casa,
Às três da madrugada de uma semana chuvosa.
Pulou da janela e caiu no mundo,
Procurando e cavando mais fundo.

Deixou para trás a escola e cachorro
Família, amigos, emprego e futuro.
Sem objetivos e sem pretensão
Anda de carona em caminhão

Era Maurício, agora é Ricardo,
Passando o dia roubando carros.
Cabelo azul e transversal na orelha
Tatuagem no braço e onde der na telha.

Bebeu Vodca e experimentou maconha,
Mudou de vida e perdeu a vergonha.
Cada dia uma cidade, cada cidade um nome,
Identidade falsa e sem sobrenome.